quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Clube da Luta - Chuck Palahniuk (1996)

Livro escolhido para a leitura do blog: Editora Leya, 221 páginas.
Edição de 2012

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A história é contada por um narrador anônimo. Ele é um homem simples, pacato, infeliz com sua vida e convive com uma terrível insônia. Para tentar controlar esse problema, ele começa a frequentar grupos de apoio de doenças degenerativas para entrar em contato com o sofrimento dos outros e, dessa forma, se sentir mais vivo. Nesses grupos ele conhece Marla Singer. Ela frequenta os grupos também para se sentir melhor, pois ela é outra pessoa insatisfeita com a vida. A presença de Marla incomoda bastante o narrador que sente dificuldades em soltar suas emoções enquanto ela fica o olhando. Fica então combinado que Marla ficaria com os grupos de apoio, mas nosso narrador precisava encontrar uma outra forma de ajuda para seguir a vida.
Nesse ponto da história ele conhece Tyler Durden, com quem cria um clube da luta. Homens se reuniam no porão de um bar para lutarem. A primeira  e segunda regras do clube da luta é não falar sobre o clube da luta. A terceira regra é que quando alguém diz “pare” ou fica desacordado, mesmo que esteja fingindo, a luta acaba. Apenas duas pessoas lutando. Apenas uma luta por vez. É proibido lutar de camisa e de sapatos. As lutas duram o quanto tiverem que durar. “Depois de uma noite no clube da luta, tudo que existe no mundo real passa a ter menos importância.” Era exatamente o tipo de coisa que o nosso narrador estava precisando.
O clube da luta é comandado por Tyler e cresce muito. Outros clubes têm que ser criados. Milhares de pessoas na rua são vistas machucadas e de olho roxo. Depois do clube as coisas vão se expandindo e é criado o Projeto Desordem e Destruição com a meta de ensinar aos homens do projeto que ele tinha poder para controlar a história e o mundo.

No início, a obra “Clube da Luta” era só uma história curta de sete páginas, um conto experimental que o autor escreveu numa tarde chata de trabalho. Essas páginas correspondem ao capítulo 6 do livro.
“As lutas não eram a parte importante da história. O que eu precisava eram as regras. Aquelas marcações suaves que me permitiram descrever aquele clube no passado, presente, de perto e de longe, do começo, sua evolução, juntar um monte de detalhes e momentos, tudo em sete páginas, e NÃO perder o leitor.”
Muitos dos detalhes do livro foram inspirados em casos que as pessoas contaram para ele, como, por exemplo, os garçons que estragam um prato de comida de propósito. Também se inspirou no próprio olho roxo e machucados que tinha quando escreveu a história e na reação dos colegas trabalho sobre isso, etc. Esses e mais alguns elementos, além das regras do clube da luta, tornaram a história um clássico da literatura moderna.

Nossas opiniões:

Laís - Eu assisti o filme há muitos anos. Lembro que não gostei muito, mas tinha ficado surpresa com o final. O livro não tinha esse elemento surpresa, porque eu já sabia mais ou menos da história, então não curti muito. Não funcionou comigo, custei a ler, não gosto de nenhum dos personagens, apesar de Tyler ser um pouco mais interessante, mas de qualquer forma eu não me importava com nenhum deles.
O texto é confuso, mas acho que é de propósito, pois ele acompanha o narrador que tem os pensamentos confusos também, o que vai ficando cada vez mais claro durante a leitura.
Para mim foi uma resenha difícil de fazer por causa da minha indiferença em relação à obra. Não é o tipo de coisa que gosto, mas também não detestei. Não refleti muito sobre o que havia lido quando fazia pausas. Mas o livro tem uma premissa bem interessante. E também matei minha curiosidade.
Acho que preciso de mais tempo para pensar sobre a obra, ainda não estou com minha opinião totalmente esclarecida.
Nota: 3/5

Luíza - Vi o filme pela primeira vez há anos e adorei. Isso me animou mais ainda a ler o livro. No decorrer da leitura, comecei a achar que o filme é mais legal que o livro, apesar das partes interessantes em que o narrador apresentava grandes conhecimentos da química ao mostrar mais de uma vez as várias formas de fazer bombas caseiras e sabão de melhor qualidade. Não gostei de como foi escrito o final do livro, foi ainda mais confuso que o início e o meio, o que me desanimou um pouco e fez o livro perder alguns pontos comigo. Ainda estou curiosa para saber da onde o autor tirou as “receitas” de bombas caseiras e de um ótimo sabão.
Apesar de não ter gostado da confusão do último capítulo, me diverti bastante com os personagens, deu para dar umas boas risadas. Adorei isso. A história, mesmo confusa, é ótima.
Nota: 3,5/5

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