quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

As Aventuras de Tom Sawyer - Mark Twain (1876)

Livro escolhido para a leitura do blog: Editora Abril Cultural, 275 páginas.
Edição de 1980




Prefácio
“A maioria das aventuras que aparecem neste livro são o reflexo da realidade; uma ou duas foram criadas por mim, o resto são casos de outros meninos, companheiros meus de escola. Huck Finn existiu; Tom Sawyer também, embora não se trate de um único indivíduo; é a combinação das características de três meninos que conheci - pertence, pois, arquitetonicamente, à ordem composta.
As superstições aqui mencionadas existiam realmente entre as crianças e escravos do oeste ao tempo deste relato, trinta ou quarenta anos atrás.
Embora este livro tenha sido escrito principalmente para divertir meninos e meninas, espero que não seja, por essa razão, desprezados pelos adultos, já que tinha em mente despertar as suas recordações do passado, expondo como sentiam, pensavam e falavam, e as coisas estranhas que às vezes faziam.”

Em uma época em que os fósforos se tornaram um objeto um pouco menos incomum na sociedade, aproximadamente no ano de 1840, um garoto esperto, travesso e cheio de imaginação de uma pequena vila da margem do Rio Mississipi, nos Estados Unidos, cria sempre oportunidades de ser livre de suas obrigações e ir brincar com os amigos.
Tom Sawyer, por ser desobediente e muitas vezes egoísta, acaba se metendo em muitas encrencas, algumas delas envolvem o seu próprio desaparecimento, e faz muitas brincadeiras que chegam a ser até mesmo perigosas. Atraído e ansioso pela liberdade e pelos tesouros dos quais tanto ouvira falar, o garoto tem vários sonhos, a maioria deles têm a ver com se tornar ladrão, pirata, herói, líder de gangue, mesmo sem saber o que realmente significa isso tudo. Desta forma, ele se junta com mais dois amigos, principalmente com Huckleberry Finn, e trama planos para partir para as aventuras e caça aos tesouros.
Os garotos não gostam de ir à escola, sentem que são constantemente repreendidos até mesmo por coisas que não fizeram e sentem o desejo de fugir da aldeia para que os adultos percebam o valor deles e os jovens os admirem. Isso lhes dá coragem para dar início à execução dos planos de Tom Sawyer.
As pessoas da vila, inclusive os garotos, são extremamente supersticiosas, então eles resolvem testar as superstições mesmo morrendo de medo. Em uma dessas brincadeiras, Tom e Huck cruzam o caminho de um bandido perigoso que aparece na vila e, escondidos, presenciam uma cena que os atormenta durante vários dias, pois eles acreditam que o criminoso irá matá-los se eles resolvessem ser heróis. Tentando esquecer o episódio anterior, os dois voltam à busca de tesouros perdidos contando com as superstições e acabam indo de frente com o destino: novamente cruzam o caminho do bandido perigoso. A partir daí, muitas coisas acontecem com esses dois amigos.

Mark Twain é o pseudônimo de Samuel Langhorne Clemens e “pode ser considerado o primeiro escritor autenticamente norte-americano. A literatura européia não exerceu influência sobre seu estilo e seus principais personagens são gente simples e rude do interior, cuja vida até então nunca tinha sido levada para os livros. Atacou violentamente as discriminações raciais nos Estados Unidos e defendeu maior liberdade, atacando o puritanismo então predominante em seu país.”  - trecho retirado da orelha do livro.

    Apesar das crianças da história serem um tanto egoístas e Tom ser um garoto malandro que tenta se beneficiar às custas dos outros, é perceptível a inocência e o bom coração de todas elas. É um livro infanto-juvenil que tem o intuito de mostrar às crianças como era a infância dos garotos e garotas tipicamente americanos do século XIX e relembrar os adultos da sua própria juventude simples e inocente. O sentimento durante toda a leitura é de nostalgia, divertimento, preocupação e vontade de dar uns puxões nas orelhas de Tom Sawyer. Fiquei morrendo de vontade de brincar de novo de caça ao tesouro. Adorei ter lido!! Estou curiosa para ler os outros livros de Mark Twain, especialmente “As aventuras de Huckleberry Finn” (1884), que acredito que seja tão interessantes quanto às de Tom Sawyer.
Nota: 4/5.

Luíza Côrtes

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