segunda-feira, 13 de junho de 2016

Drácula – Bram Stocker (1897)

Livro escolhido para a leitura do blog - Editora Nova Fronteira, 444 páginas

           


           Com total inocência e sem saber o que o aguarda, Jonathan Harker, um advogado em ascensão, é convidado a ir à Transilvânia para atender aos pedidos de um cliente muito exigente e peculiar. Com pressa e ignorando diversos avisos que acreditava serem pura superstição dos moradores das redondezas, Harker segue seu caminho de viagem e chega ao Castelo Drácula.
Apesar de ter estranhado bastante os acontecimentos durante a viagem de ida e o ambiente do castelo, a disposição de Harker em satisfazer os desejos de seu cliente faz com que o advogado perceba que virou prisioneiro do Conde Drácula e, para tentar permanecer com a cabeça no lugar, Jonathan continua relatando através de seu diário os acontecimentos, sensações e pensamentos todo o tempo que lhe é permitido realizar seu hábito de escrever.
Nesta obra, a história é inteiramente relatada através de diários, telegramas e memorandos de um grupo de amigos que sofreram com as tragédias causadas pelo Conde Drácula antes e após a mudança deste para Londres.
Após a chegada do Drácula na Inglaterra, Lucy Westenra começa a ter sintomas de uma doença misteriosa e um médico de doenças ocultistas, Dr. Van Helsing, é chamado às pressas pelo médico de loucos, Dr. John Seward, para avaliar o caso da moça, esse é o início das suspeitas de que Conde Dracula não é um mero mortal. Com o desenrolar da trama, os amigos atingidos pelas desgraças causadas pela criatura que seduz suas vítimas para lhes sugar o sangue decidem perseguí-lo para pôr fim às suas maldades a qualquer custo.

Nossas opiniões como leitoras:
Laís: Eu sempre criei grandes expectativas em relação ao Drácula. Quando ganhei o livro de presente, logo depois de ter lido Frankenstein, fiquei entusiasmada e achando que a experiência de leitura seria a mesma com essas duas obras, pois sou apaixonada pela obra de Mary Shelly. Me enganei. A história é muito arrastada e tem poucas cenas de ação. O Van Helsing tem diálogos interessantes, mas não é tão novo e nem ativo como a televisão e o cinema nos mostra. A surpresa que tive com a leitura foi ruim. A cada capítulo eu ficava mais decepcionada e com muita vontade de abandonar o livro, só não o fiz pois o livro me foi dado de presente e porque era uma leitura conjunta. Não tenho nenhuma vontade de reler. A obra é cansativa (no meu caso, quase torturante). Alguns personagens (um em especial) são interessantes, mas não deram conta de sustentar a história sozinhos. O Drácula aparece pouquíssimo. Somente os primeiros capítulos prenderam minha atenção, o desfecho não foi nada divertido como eu esperava.
Enfim, minha experiência foi tão ruim que não vale a pena eu ficar expondo minha opinião, pois meu objetivo não é desencorajar ninguém a ler. Drácula é um clássico da literatura e, imagino eu, muitas pessoas têm vontade de lê-lo, acho que cada um deve tirar suas próprias conclusões. Talvez o fato de eu ter criado expectativas altas antes da leitura tenha sido o motivo de tanta frustração.
Nota: 2.5/5
Luíza: São tantas histórias que existem com o Drácula, Mina Murray e Van Helsing que não sabia exatamente o que esperar do livro durante toda a leitura e percebi que, apesar da boa forma de narrativa e construção da obra, ele me dava sono às vezes por ter poucas surpresas, não haviam grandes reviravoltas e os relatos próprios de alguns personagens eram muito interessantes, porém não satisfaziam o suficiente. Acabei descobrindo que no livro não conta a história de como o Drácula se tornou a criatura que é, e ele é um personagem tão secundário na obra que leva o seu nome, que conhecemos pouco seu passado ou seus pensamentos íntimos, ou seja, mal o conhecemos! Sabemos somente seus poderes e um punhadinho de atitudes que toma em uma dada situação. Isso tudo me surpreendeu de forma negativa.
Apesar de ser uma obra antiga, não esperava que o livro enfatizasse tanto a ideia de que as mulheres são pessoas extremamente inferiores aos homens, sendo consideradas criaturas completamente frágeis e incapazes de lidar com situações mais pesadas ou trabalhos não-domésticos. E se não eram mulheres puras de grandes corações, eram completamente lascivas e cheias de luxúrias, e voluptuosas. Dentre outras coisas, isso fez um pouco também com que eu não ficasse cativada pelos personagens.
Apesar de ter ficado decepcionada por não achar que há aquela grandiosidade que pensei que encontraria pelo menos no final, acho impossível não dizer que a história é bastante original e bem escrita, então penso que foi ótimo conhecer a primeiríssima história do Drácula mesmo assim.
Nota: 3/5


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