Livro escolhido para a leitura do blog: Editora Leya, 164 páginas
Nick Carraway, personagem e narrador desse livro, é um jovem de Minnesota que se muda para Nova York durante o verão de 1922 para aprender a negociar títulos. Ele se instala em West Egg, Long Island, em um bangalô surrado pelo tempo.
Seu vizinho, Gatsby, tinha “uma propriedade colossal, segundo qualquer padrão, uma imitação real de um certo Hôtel de Ville, na Normandia, com uma torre de um lado, novinho em folha, sob uma fina camada de hera selvagem, uma piscina de mármore e mais de quarenta acres de gramado e jardim”. Gatsby era um bilionário conhecido pelas festas animadas que dava na sua mansão.
As pessoas nunca eram convidadas para essas festas, elas simplesmente apareciam. Ninguém o conhecia realmente, ou sabia de onde ele vinha, o que ele fazia, ou como ele fez sua fortuna. Porém, um dia, Nick recebe um convite para a próxima festa, provavelmente a única pessoa das que estarão presentes a recebê-lo. A única pessoa que Nick conhecia nessa festa era Jordan Baker, uma jovem golfista que ele havia conhecido na casa de sua prima, Daisy Buchanan, e seu marido, Tom Buchanan, que moravam logo do outro lado da baía, em East Egg. Foi nessa festa que Nick ficou conhecendo o seu misterioso vizinho, Jay Gatsby, e eles, rapidamente, se tornam amigos.
Depois de alguns dias, os dois amigos saem para almoçar e Gatsby diz à Nick que gostaria de lhe pedir um favor, porém seria a senhorita Baker que lhe contaria o que ele desejava.
É à partir desse pedido que ficamos sabendo toda a motivação por trás da fortuna de Gatsby, suas festas e tudo o que move suas atitudes. Ficamos sabendo do seu desejo mais profundo.
Durante o livro, percebemos que as atitudes de Nick em relação à Gatsby e sua história são contraditórias. Às vezes ele parece desaprovar os excessos e violações dos costumes e da ética de Gatsby, mas ele também romantiza e admira Gatsby, descrevendo os acontecimentos do livro em um tom nostálgico e poético.
Fitzgerald foi o mais famoso contista e romancista da década de 1920, apelidado por ele de "Era do Jazz". O Grande Gatsby é uma das maiores obras literárias desse período. Nessa década, a proibição da venda e do consumo de álcool fez milionários tornarem-se contrabandistas. Com festas privadas, eles conseguiam escapar da polícia. Os clubes secretos que vendiam bebidas alcoólicas prosperaram. O caos e a violência da Primeira Guerra Mundial deixou a América em estado de choque, e a geração que lutou na guerra começou a ter uma vida extravagante para compensar todo o terror vivido. Os valores de conservadorismo da década anterior foram transformadas em dinheiro, fartura e exuberância.
Ótimo livro para conhecer a vida em Nova York nos anos 20. Me surpreende saber que, apesar da extravagância contada no livro, ele se trata de amor. As descobertas que Nick vai fazendo sobre Gatsby prende o leitor. A narrativa é fluida e a história é simples, o que torna o livro fácil de ler. Os personagens são muito interessantes, super bem construídos. Adorei o Gatsby e seus mistérios. Nota ⅘
Laís Bechara
Laís Bechara
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